Em todo processo histórico da
humanidade existiu uma pré-ideia de cidadão pois o homem sempre viveu em grupos
formando uma sociedade e é por isso que ele perpetuou em sua existência.
Cidadania vem de CIDADE, e CIDADÂO é um indivíduo que participa desta cidade.civis,
políticos e sociais. Isto do outro lado da ponte. Cidadania pressupõe
também deveres. O cidadão tem de ser ciente das suas responsabilidades precisa
compreender o quão importância ele tem em seu grupo socieal, precisa ter o
senso e ideia de coletividade, a nação, o estado, para cujo bom funcionamento
todos têm de dar sua parcela de contribuição. Somente desta maneira a maquina
funciona a ideia de coletividade: a justiça em seu sentido mais amplo, ou seja,
o bem comum. Na Grécia existia a ideia de Idhios ou seja IDIOTA, era aquele
indivíduo que olhava apenas para o seu próprio umbigo, ou seja pensava apenas
em si mesmo, esquecendo o senso de coletividade, deixando de ser um verdadeiro
cidadão.
Analisando cientificamente e
historicamente e referenciando desde a Grécia para os tempos modernos
existiu a ideia de cidadão, mas afinal o que é cidadão? Cidadão é um individuo
que faz parte de uma sociedade, este mesmo individuo tem direitos e deveres, mas
esta ideia de cidadão muda a cada época e em cada contexto da história, pois o
cidadão de um tempo não era o mesmo cidadão de outros tempo, ou seja de acordo
com o contexto histórico, este emplacamento social muda. Na atualidade ser
cidadão é: ter consciência de que é sujeito de direitos. Direito à vida,
à liberdade, à propriedade, à igualdade, enfim, direitos
Falando mais profundamente, um cidadão
não pode apenas ter conhecimento de seus direitos e deveres, conhecer apenas
não muda nada, é preciso ter consciência e agir, fazer ações sair da inércia.
Fazer por si e pelos outros, exercitar a ideia de MORES ou seja MORAL, acionar
a consciência que existe no individuo, contrabalancear consciência mais ÉTICA,
formando uma verdadeira POLIS, cidade mais ÉTICA, bons constumes ou boa ação,
concretizando uma POLITICA perfeita.
Cidadania vai além de simples
conhecimento de causa é preciso fazer efeito, vivenciar em todo momento a ideia
de ser cidadão.
Na Grécia antiga cidadão era aquele
sujeito que tinha direito de opinar tomar decisões sobre o rumo da sociedade.
Entre tais condições, estava a de que fosse um homem totalmente livre, isto é,
não tivesse a necessidade de trabalhar para sobreviver, uma vez que o
envolvimento nos negócios públicos exigia dedicação integral. Nessa
época era muito baixo o números de cidadãos, que excluíam além dos homens
ocupados (comerciantes, artesãos), as mulheres, os escravos e os estrangeiros.
Basicamente apenas os proprietários de terras eram livres para ter o direito de
decidir sobre o governo. A cidadania grega era resumida apenas por direitos
políticos, identificados com a participação nas decisões sobre o coletivo.
Roma antiga cidadania era a capacidade
para exercer direitos políticos e civis e a distinção entre os que possuíam
essa qualidade e os que não a possuíam. Cidadania de Roma era atribuída apenas
aos homens livres, mas nem todos os homens livres eram considerados cidadãos
No fim com o declínio do Império
Romano, e passando a vigorar a Idade Média, ocorrem profundas alterações nas
organizações sociais. O período medieval é marcado pela sociedade
caracteristicamente ESTAMENTAL, com rígida hierarquia de classes sociais:
clero, servos e nobreza. A igreja passa a ser a lei do estado e impõe direitos
e deveres do cidadão a partir da doutrina cristã, influi na a liberdade e
igualdade de todos os homens e a familia, provocou transformações radicais nas
concepções de direito e de estado. Na idade média em razão dessa índole
hierarquizada das estruturas em classes sociais, dilui-se o princípio da
cidadania. O conceito é alterado nos princípios religiosos ou pseudoreligiosos
afim de beneficiar os lideres da igreja.O relacionamento entre senhores e
vassalos dificultava bastante a definição desse conceito. O
individuo medieval, ou era vassalo, ou servo, ou suserano; jamais cidadão. Os
princípios de cidadania e de nacionalidade dos gregos e romanos estariam
“suspensos” e seriam retomados com a formação dos Estados modernos, a partir de
meados do século XVII.
Após este caos vieram os iluministas
para clarear as mentes, abrir a porta das mentes e alterar o conceito de
cidadão, tudo começa na Itália e se expande pelo resto da Europa.
Período este que
recuperou-se a cultura greco-romana e a ideia de cidadania foi retomada,
iniciando-se a construção da concepção moderna e a ideia de cidadania. Não
obstante, a cidadania preconizada pelos renascentistas estava intrinsecamente
ligada aos interesses da classe dominante, classe de posses, de poder
aquisitivo baseando-se no modelo clássico romano. O cidadão, do período
renascentista, era aquele que possuía o direito de decidir sobre as questões da
cidade-estado, isto é, cidadania era um privilégio dos membros da elite
dominante.
De um lado, ela é retomada nas cidades
comerciais e, de outro, elaboram-se princípios – individualistas e
antropocêntricos – fundamentais para a sua construção na versão moderna.
O sistema era Feudal, onde o rei
obtinha poder sobre uma determina sociedade e paralelamente existe a igreja que
comandava de igual poder para com o povo.
Com o fim do feudalismo nasce a
formação dos Estados nacionais, a sociedade, ainda formada e organizada em
clero, nobreza e povo, novamente direciona-se o poder e controle nas mãos do
rei, cuja autoridade abrangia todo o território e era reconhecida como legal
pelo povo. Língua, cultura e ideais comuns auxiliaram a formação desses
Estados.
Finalmente acaba-se a Idade
Moderna, observa-se um grandioso questionamento das distorções e
privilégios que a nobreza e clero insistiam em manter sobre o povo. Este
grandioso momento e marcado pelo aparecimento de figuras importância
inquestionável na história da cidadania, como Rousseau, Diderot, Voltaire
Montesquieu, e outros. Começam a lutar e a defender um governo
democrático, com uma maior amplitude e fim de privilégios de classe e ideais de
liberdade e igualdade como direitos fundamentais do homem. Essas ideias dão o
suporte definitivo para a estruturação do Estado Moderno. Tempos depois
foroma-se o alicerce as novas construções de um estado novo e sólido.
Outra importante faceta histórica foi o
marco das Treze Colônias a invasão dos Ingleses na America do Norte, entraram
com a ideia de invadir terras indígenas que até hoje relata-se grandes
conflitos por terras em alguns lugares.
A entrada dos europeus foram de grande
eficiência, lutaram pelas terras, dizimaram e apagaram da face da terra tribos
indígenas e com elas foram enterradas sua cultura e suas lembranças. A
catástrofe estava formada e a chamada colonização estava feita.
As treze colônias podem ser separadas
em três grupos que são: colônias do
Norte ou Nova Inglaterra, colônias do centro e colônias do Sul.
Se estabelecem em terras norte americanas e fundam
seu novo conceito de cidadania e sociedade, baseando-se em conceitos antigos e
carregando ainda suas concepções de suas origens.
O projeto desses
colonos pioneiros continha objetivo de construção das sociedades autônomas em
que pudessem erguer uma nova estrutura organizacional.
O direito a cidadania
era apenas para os colonizadores e quem possuía posses terrenas. O que sobrava
de indivíduos ou eram escravos ou começava a velha história da Grécia e Roma
antiga. O dominante e cidadão precisa ter influência e posses grandiosas.
Vindo a Revolução Francesa, momento
histórico da França onde monta-se uma revolta do povo para com seus
governantes, germina ai a Declaração dos
Direitos do Homem e do Cidadão, anunciada ao público em 1789. Com estes
direitos os reis foram intimados a ceder e aqueles que não concordavam foram na
sua maioria decapitados. Nasce uma forma e um conceito de cidadania. Novo
código de direitos e deveres dos cidadãos.
Um exemplo: Artigo
primeiro da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, diz:
"Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos. As distinções
sociais só podem fundar-se na utilidade comum".
O Artigo primeiro da
Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948: "Todos os homens nascem
livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e
devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade".
Esta se concentra mais
nos direitos civis, que garantem a liberdade individual - os direitos do homem
- e nos direitos políticos, relativos à igualdade de participação política, de
acordo com a defesa dos revolucionários do voto universal, o que corresponde
aos direitos do cidadão.
Após o fim da segunda
Guerra Mundial, com o genocídio e os abalos cometidas pelo Nazismo de Adolf
Hitler, foi necessário organizar uma maneira de prevenir e proteger os direitos
humanos, pois esta etapa da história da humanidade ficou-se partes
dilacerados pela destruição e subjugação da pessoa humana, que culminou
no extermínio de mais de milhões de pessoas.
Prostado a frente desta linearidade da etapa
histórica mundial a Organização da Nações Unidas, em assembleia geral realizada
em 1948, aprovou a Declaração Universal dos Direitos Humanos,como
marco de reconstrução dos Direitos Humanos em busca do processo de
universalização desses direitos, com o objetivo de evitar que esses
acontecimentos ocorressem novamente.
Exemplo:Art. I
- Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São
dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com
espírito de fraternidade.
Esses direitos
transformam totalmente a organização social de todo mundo, e fixa um conceito
universal de cidadania que influência vidas até os tempos atuais.
A história da cidadania no Brasil é
praticamente inseparável da história das lutas pelos direitos fundamentais de
pessoa: lutas marcadas por massacres, violência, exclusão e outras variáveis
que caracterizam o Brasil desde os tempos da colonização. Há um longo caminho
ainda a percorrer: a questão indígena, a questão agrária, posse e uso da terra,
concentração da renda nacional, desigualdades e exclusão social, desemprego,
miséria, analfabetismo, etc.
O Brasil, é uma país que engatinha como
sociedade de cidadãos, poucas conquistam foram obtidas, a independência foi
marcada por um jogo de interesses, o direito ao voto chega em um ocasião que já
era chacota todos não votarem, é influenciado pelos conceitos de seus
colonizadores, a banca ruralista domina a classe da pobreza. Os direitos são
exercidos mas pouco se conhecem, pouco se aplicam, uma pequena minoria luta por
seus direitos que as vezes são vedados.
É um pais com grande desigualdade
social, devido seu fator histórico escravocrata.
Dão o direito de votar como ato de
cidadania, o direito a vida, o direito a liberdade porém e não implícito tomam
tudo com a falta de informação.
A cidadania é um conceito que vem
mudando por séculos, buscou os direitos e deveres de cidadãos, mas nem sempre
para o bem comum, vendo sendo alterada esta ideia por toda história, mas ainda
precisa melhorar muito principalmente no Brasil, mas isto só sera possível com
a ajuda das pessoas, começando por saberem seus direitos e deveres e
localização em sua sociedade. O melhor caminho e conhecer.
Cidadania no Brasil é algo a se
envergonhar o país sim conquistou muitos direitos, grupos sociais conquistaram
grandes direitos, o voto e a inclusão social de etnias foi importantíssimo,
porém é uma ideia que ainda esta no ovo, esperando a hora de chocar.
Os direitos brasileiros foram forjados
em cima das conquistas exteriores e praticamente obrigadas e serem exercidas
por pressão mundial nas regras e leis do Homem.
É um história de massacres, destruição
talvez maior que a de Hitler, porém talvez esquecida e incomparável, pois os
negros trazidos para o Brasil, além de serem mortos em fazendas, também eram
mortos em navios negreiros, Índios foram mortos e dizimados pelos colonizadores
Europeus, com a tentativa de escravizar tribos indígenas muitos foram mortos.
Esquecem-se que é uma história forjada
com sangue, com lutas, com espadas.
Cidadão aqui era conceito europeu,
nativos eram bárbaros, saiam do conceito de cidadão da Europa, índias, negras e
ainda escravas eram animais, encontravam totalmente fora do padrão Helenístico
greco-romano, posteriormente Europeu e hoje mundial.
Cientificamente os habitantes que não
eram Europeus ou eram animais ou nada, humanos eram apenas os que aqui pisaram
com navios.
Lastimável esta parte ser lembrada em
poucas ocasiões.
Cidadania neste país, se torna padrão
anteriormente citado, senhores de terras, herdeiros de tronos, etc; eram
cidadãos e abjugar atualmente nada mudou.
Os direitos infelizmente se firmaram
abstratamente devido não gerar lucros como eram antes.
A escravidão implícita da lugar a
escravidão disfarçada, o cidadão incluso nas teorias de Rousseau e
Voltaire com o fim da democracia apenas faz parte pois se torna
interessante para os grandes senhores detentores de poder.
Dificilmente ideias de grandes
pensadores se tornam de utilidade sem um interesse incomum.
Com uma visão de maior amplitude
enxergamos o deficiência de cidadãos no Brasil, teorias revolucionárias de
grandes pensadores são excluídas do ensino educacional, conceitos de Ética e
Moral são deturpados a fim da alienação social, manipulação da informação
acontece a cada segundo a fim de instruir as mentes vazias de pequenos atos
informativos reais.
Sem falar do contexto dominador que não
mudou, ainda sabe-se que pequenos grupos familiares possuem o poder da
manipulação do estado, a política é falida pois conceitos reais são abandonados
dando lugar a pseudociências.
Cidadãos em uma constituição centenária
e errônea tem seu direitos, sim tem direitos no papel, pessoas morrem de fome,
morrem de sede, não tem trabalhos, distribuição de renda desigual, o regime
politico é democrata mas o estado é obrigado a votar, o povo tem a voz, mas é
uma voz abafada ou baseada em nenhum ou pouco conhecimento de um todo, que no
fim ajuda os mesmos grupos a continuarem acumulando capital em seus nomes e
distanciando cada vez mais as pessoas de sua dignidade.
Valores foram invertidos ou talvez
nunca existiram, virtudes é palavra esquecida, melhoras apenas para o alto
nível econômico, pessoas são escravas de si mesmas, a alienação perdura em um
estado crítico e afundado em um poço de lamas de alta profundidade.
A cada dia a educação é uma assombração
para a juventude, o ideal de vida é o acumulo de riquezas, a individualidade é
ato de heroísmo.
Cidadão é palavra e conceito morto,
muitos tentam faze-lo existir mas isso é mera ilusão.
A bagagem histórica de inicialização
mortalizada é carregada em cada rosto seja ele liso ou marcado pela dor.
Brasil é algo diferente cidadão neste
país é foto colada em parede que serve apenas de lembrança de como deveria ser.
Não julgando apenas este grandioso país
onde a riqueza mineral, de grandiosos recursos naturais existentes e mentes
brilhantes, o mundo passa por este conceito, o caminho ao sol um dia chegue e
tantas informações poderiam chegar até aqueles que precisam tornando realmente
como diziam grandes pensadores Gregos como Platão e Aristóteles esquecidos até
por mestres atuais, cidadão é aquele que participa ativamente na sociedade em
modo geral que faz parte, que vive.
Sabedoria é palavra de luxo,
conhecimento é sinônimo de poder e cidadania em totalidade é ideia de
abstração.
Talvez um dia mude, um dia tudo se
torne real, grandes coisas já aconteceram, o processo é lento e o que resta é
continuar caminhando para a cada dia mais ser um verdadeiro cidadão.